Talvez você não pense sobre isso todos os dias, mas você com certeza tem ideias sobre como gostaria que a sua vida fosse nos mais variados aspectos: família, trabalho, relacionamentos, vida social, dinheiro, felicidade, como gostaria que o seu corpo fosse e também sua saúde.
Se você fosse dar uma nota agora, de 1 a 10, do quanto a sua vida está como você gostaria, que nota você daria?
Perceba que não estamos falando sobre sonhos e ideais utópicos como dirigir uma empresa com mais de 10 mil funcionários, ganhar na loteria amanhã e ir para as Bahamas ou criar o novo Instagram e ser sucesso no mundo inteiro. Essas coisas são possíveis, mas difíceis de acontecer.
Estamos falando sobre o que é importante para você, e o que você sabe que poderia alcançar na sua vida e que só não está alcançando por que faltam algumas perspectivas diferentes, conhecimentos ou métodos que você ainda não teve acesso ou não considerou que poderia ter.
Vamos à próxima pergunta: quantos dias do seu mês são muito bons e você se sente muito bem? E quanto são desagradáveis ou você se sente mal?
É muito comum pensarmos que existe algo de errado com nós se não estamos nos sentindo bem ou se as coisas não são como gostaríamos na nossa vida. A verdade é que existem alguns fatores que podem mudar isso, até bem rapidamente.
Mudanças ocorrem quando nós mudamos a forma como vemos as coisas, olhe para as mudanças que ocorreram na sua vida no passado e se pergunte: quantas vezes você precisou abrir mão de algo que pensava ou acreditava para aquilo acontecer e quantas vezes você precisou passar a ver ou perceber algo novo que não via antes?
Se você estiver disposto ou disposta a adicionar algumas perspectivas diferentes pelas quais você vê o mundo e a realidade, os próximos parágrafos são para você. Fica o convite.
Uma breve introdução aos assuntos de hoje
Existem algumas coisas que criam a forma como nós pensamos e sentimos, vou falar de algumas delas hoje:
• Consciência sobre outras pessoas: você percebe os pensamentos e sentimentos de outras pessoas e acha que são seus.
• Mimetização: você copia as pessoas que mais convive por tentar entender elas.
• Você cria a realidade: você influencia a forma como as pessoas se sentem.
Antes de continuar, eu gostaria de falar um pouco sobre como as Barras de Access e a Access Consciousness se encaixam nisso.
Um pouco sobre Access Consciousness e as Barras de Access
Desde que comecei a trabalhar com Barras de Access e Access Consciousness, tenho buscado perceber o que possibilita as pessoas viverem mais a vida que elas gostariam.
As Barras de Access têm um efeito fundamental nisso, são sessões que liberam pensamentos, sentimentos e emoções que estão nos impedindo em algo, possibilitando assim mudanças na vida.
A Access Consciousness é um leque maior, do qual as Barras fazem parte. O principal ensinamento de Access talvez seja que o seu ponto de vista cria a sua realidade, tudo o que você pensa e acredita determina as decisões que você toma e também traz para a sua vida pessoas e situações alinhadas com isso.
Logo, parte do meu propósito aqui é trazer diferentes perspectivas que para mudar a forma como vê o mundo e a si mesmo e criar uma vida mais grandiosa a partir disso. Espero que seja uma contribuição para você.
Vamos ao primeiro assunto.
Consciência sobre outras pessoas
Uma parte da realidade que é totalmente desconsiderada por muitas pessoas é a nossa habilidade de perceber como outras pessoas estão se sentindo. Muito se acredita que tudo o que pensamos e sentimos parte de nós mesmos e que nós somos isso.
Você já se sentiu instantaneamente mais para baixo ao entrar em um determinado ambiente? Ou já se sentiu feliz imediatamente ao entrar em outro tipo de ambiente?
Gostaria que você fizesse um rápido exercício. Responda as seguintes perguntas:
• Quais são os grupos de pessoas que você mais convive? Pode ser o trabalho, amigos, família e pode ser uma pessoa só, como a pessoa com quem você namora ou está casado ou casada, por exemplo.
• Como você se sente com cada um desses grupos?
Muitas dessas sensações são a sua percepção sobre como os outros estão se sentindo, não são suas. Se você observar que você tem alguma emoção muito diferente do seu normal em algum desses grupos e não nos outros, procure observar se algumas das pessoas nesse lugar se sente assim também, grandes chances são de que você está consciente das emoções dela.
Talvez você esteja pensando que isso é apenas o fato de você gostar mais ou menos de estar em alguns desses lugares com algumas dessas pessoas, ou que isso é só a forma como você se sente e não tem nada a ver com eles, afinal, não teria como você perceber o que eles estão sentindo. Verdade? Você já falou de alguém ou pensou em alguém e recebeu uma ligação dessa pessoa logo depois? Ou encontrou essa pessoa naquele dia e não a via há anos?
Somos altamente conscientes, apesar de fazermos de tudo para negar isso. Comece a dar atenção para isso e verá.
Pense em alguém que vive reclamando, falando de doenças, de como o país vai mal e tudo o mais. Você sente isso imediatamente.
Agora, pense em alguém que você sabe que é muito feliz ou está sempre bastante animado(a). Você fica mais feliz só de lembrar de alguém assim.
Mimetização
Agora, tem um efeito maior que acontece com você, principalmente ao conviver com pessoas. Você começa a ser como elas.
Sempre que você tenta entender alguém e julgar o que está certo ou errado sobre como essa pessoa vê as coisas, você começa a copiar ela.
Você se comporta de forma diferente em cada um dos grupos que listou antes? Você se comporta de maneira diferente dependendo da pessoa com quem está?
É claro que uma parcela disso é educação, respeito ou etiqueta. Você não vai tratar com a mesma intimidade alguém que conheceu agora como trata alguém que conhece há 10 anos. Agora, o seu comportamento tende a mudar e você se equaliza a determinadas pessoas, você se torna mais parecido com elas.
E quando estiver falando com alguém, toda vez que alguém lhe contar uma história triste ou começar a lhe falar sobre seus problemas, se você escolher entrar na história da pessoa e dizer “nossa que triste isso mesmo”, você está mimetizando e começará a se tornar mais sensível ao sofrimento quando algo não funcionar bem na sua vida. Ou começará a criar mais problemas na sua vida para se equalizar àquela pessoa.
O que você pode fazer quanto a isso? A sua tristeza e o seu sofrimento não tende a ajudar alguém, se você puder ser uma contribuição para essas pessoas, vai fazer mais sentido.
Você pode perguntar mentalmente, que contribuição posso ser para essa pessoa? E perguntar para a pessoa, há alguma coisa que eu possa fazer? As vezes as pessoas não querem resolver os seus problemas, querem apenas mais alguém para reclamar junto com elas. Nem todo mundo é assim, obviamente, mas você sabe diferenciar quem é e quem não é na sua vida.
Não comprar o ponto de vista e a tristeza da pessoa pode parecer frieza ou indiferença no início, se você não tem esse hábito. Mas acredite, ao fazer isso, as pessoas começam a se dar conta de que reclamar não é um caminho, fazer uma escolha diferente é.
Só que isso não acontece somente com as pessoas que você convive, se você assiste um noticiário, por exemplo, que está contando sobre uma enchente que deixou milhares de desabrigados em um determinado local do país, grandes chances são de que você vai sentir a dor da perda delas. A tristeza que você sente quando faz isso não é só sua.
A sua capacidade de percepção é de milhares de quilômetros.
Quanto dos pensamentos, sentimentos e emoções que você tem na maior parte do seu dia são seus? E quanto disso é, na verdade, de outras pessoas?
Você cria a realidade
Eu gostaria de citar um estudo de caso do autor e treinador americano W. Timothy Gallwey, que traz o seguinte:
Ele fez um treinamento com centenas de operadores de call center de uma empresa para melhorar o humor desses funcionários. Uma vez que esse é um trabalho que lida com muitos clientes que ligam para fazer reclamações sobre o serviço, o nível de estresse era alto.
A técnica utilizada é muito simples: responder aos clientes em tom agradável e feliz, sempre. Mesmo quando eles ligassem irritados e reclamando. Isso fazia com que os próprios clientes mudassem seu humor durante a ligação.
O aprendizado nisso é a possibilidade de fazermos isso nós mesmos, no nosso dia-a-dia. Assim como mimetizamos os sentimentos das outras pessoas, nós temos a habilidade de influenciar a forma como as outras pessoas se sentem, apenas agindo em um determinado estado emocional. A pessoa que está interagindo com nós possivelmente vai começar a se sentir da mesma forma.
É uma ferramenta para usar no dia-a-dia e criar melhores relacionamentos.
O que mais é possível?
Agora, o que você pode fazer diferente?
• Pode perceber se o que você está sentindo é realmente seu, perceba se há pessoas que se sentem da mesma maneira, isso pode ser delas.
• Pode perceber se está copiando as pessoas simplesmente por tentar entendê-las e julgar se o que elas pensam é certo ou errado.
• Pode evitar a sensação de ter que salvar os outros ou sentir a dor deles para que não passe a ser assim você também. No lugar disso, pode simplesmente perguntar, há algo que eu possa fazer?
• Você pode fazer com que determinados sentimentos sejam criados em outras pessoas a partir da forma como você se expressa.
O propósito
Agora, qual é o propósito aqui? Reconhecer que o seu ponto de vista, os seus pensamentos, sentimentos e emoções, criam a sua realidade. Os resultados que você tem em tudo na sua vida.
E se você não reconhece que está consciente dos pensamentos, sentimentos e emoções de outras pessoas, você acaba criando a sua vida a partir do ponto de vista delas e não do seu.
Se a nota em relação a como você gostaria que fosse a sua vida está baixa para você, talvez você deseje começar a observar a sua percepção no seu dia-a-dia, e reconhecer se você está fazendo escolhas baseadas em emoções que talvez nem sejam suas.
Se você leu até aqui, acredito que tenha tirado proveito do texto e fico muito feliz que tenha possibilitado mudanças na sua vida.
Até mais!